terça-feira, 17 de setembro de 2013

Centenário de Vinicius de Moraes

      
       Este ano comemora-se o centenário do grande poeta Vinicius de Moraes em 19 de outubro de 2013, o poeta Vinicius de Moraes celebraria cem anos.Um talento imensurável, foi um dos maiores poetas brasileiros, suas letras ainda podem ser ouvidas nos quatro cantos do mundo. Diplomata, compositor de proporção catedralesca, proprietário de um bom gosto superlativo, divisor de águas na história da música brasileira.Integra o conjunto dos 7 poetas primordiais do Brasil:Drummond, Bandeira, Machado de Assis, Cecília, Jorge de Lima e Schimdt.
         foi para a música que Vinícius viveu os últimos tempos de sua vida, excursionando pelo mundo todo ao lado de seus companheiros e de sua garrafa preferida de whisky. Suas canções foram traduzidas para diversos idiomas e são tocadas até hoje no Brasil e em vários outros países.
        Pode-se dizer que Vinicius de Moraes se imortalizou. Suas obras continuam a serem lidas e admiradas até hoje. Suas composições sempre são cantadas e interpretadas novamente. Quem contribui para a cultura nunca será esquecido.Tudo que se escrever sobre Vinicius de Moraes parece pouco e defini-lo beira o impossível. Manuel Bandeira disse que ele “tem o fôlego dos românticos, a espiritualidade dos simbolistas, a perícia dos parnasianos (sem refugar, como estes, as sutilezas barrocas) e, finalmente, homem bem do seu tempo, a liberdade, a licença, o esplêndido cinismo dos modernos” (citado por Flávio Pinheiro, no site oficial do poeta, www.viniciusdemoraes.com.br).



Pesquisado pela Aluna: Rubênia Mayara 

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Soneto à lua


Por que tens, por que tens olhos escuros
E mãos lânguidas, loucas e sem fim
Quem és, quem és tu, não eu, e estás em mim
Impuro, como o bem que está nos puros?

Que paixão fez-te os lábios tão maduros
Num rosto como o teu criança assim
Quem te criou tão boa para o ruim
E tão fatal para os meus versos duros?

Fugaz, com que direito tens-me presa
A alma que por ti soluça nua
E não és Tatiana e nem Teresa:

E és tampouco a mulher que anda na rua
Vagabunda, patética, indefesa
Ó minha branca e pequenina lua!

Pesquisado pela aluna: Kamila Silva 
Soneto de Fidelidade

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.


Pesquisado pela aluna: Kamila Silva

Sonetos

Soneto do maior amor


Maior amor nem mais estranho existe 
Que o meu, que não sossega a coisa amada 
E quando a sente alegre, fica triste 
E se a vê descontente, dá risada. 

E que só fica em paz se lhe resiste 
O amado coração, e que se agrada 
Mais da eterna aventura em que persiste 
Que de uma vida mal-aventurada. 

Louco amor meu, que quando toca, fere 
E quando fere vibra, mas prefere 
Ferir a fenecer - e vive a esmo 

Fiel à sua lei de cada instante 
Desassombrado, doido, delirante 
Numa paixão de tudo e de si mesmo.



Pesquisado pela aluna: Kamila Silva




quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Poema Dialética

É claro que a vida é boa
E a alegria, a única indizível emoção
É claro que te acho linda
Em ti bendigo o amor das coisas simples
É claro que te amo
E tenho tudo para ser feliz
Mas acontece que eu sou triste...


Análise do Poema

O eu-lírico expressa seus sentimentos de forma enigmática, ele reconhece que vive bem e que não se pode dizer ou exprimir através de palavras, a alegria que o faz se emocionar, declara que adora sua amada, cortejando-la por meio do seu amor simples.Apesar de tudo sente-se um vazio denominado tristeza.


Feito pela aluna: Ana Jéssica da Silva

Poema Tomara

Tomara
Que você volte depressa
Que você não se despeça
Nunca mais do meu carinho
E chore, se arrependa
E pense muito
Que é melhor se sofrer junto
Que viver feliz sozinho

Tomara
Que a tristeza te convença
Que a saudade não compensa
E que a ausência não dá paz
E o verdadeiro amor de quem se ama
Tece a mesma antiga trama
Que não se desfaz

E a coisa mais divina
Que há no mundo
É viver cada segundo
Como nunca mais...

Análise do Poema

Consiste em uma poesia de versos livres, o eu-lírico espera ter a sua amada de volta em sues braços, tendo esperança de que se arrependa, pois está sufocado com sua ausência. Ele entende que o amor não se acaba, mas não irá poder recuperar o tempo perdido, embora deduz ser melhor viver do que ter felicidades vivendo uma vida sozinho, sem ter sua amada ao seu lado.


Feito pela aluna: Ana Jéssica da Silva

Poema Amor em Paz

Eu amei
Eu amei, ai de mim, muito mais
Do que devia amar
E chorei
Ao sentir que iria sofrer
E me desesperar

Foi então
Que da minha infinita tristeza
Aconteceu você
Encontrei em você a razão de viver
E de amar em paz
E não sofrer mais
Nunca mais
Porque o amor é a coisa mais triste
Quando se desfaz

Análise do Poema:


Poesia revela o amor do eu-lírico, como o homem que apesar das transgressões, só fez amar, mesmo com a certeza de que iria chorar e sofrer com seus desamores, até que descobre o amor de uma mulher, para recuperar sua verdadeira essência, e nunca mais ficar triste, desejando viver em paz e mamar intensamente, porque o amor ferre e deixa cicatrizes quando se desfaz.


Feito pela aluna: Ana Jéssica da Silva